Naná Vasconcelos morre aos 71 anos

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Na manhã desta quarta-feira, Naná Vasconcelos foi vencido pelo câncer, uma das doenças mais cruéis do nosso tempo.
O Mestre vinha travando uma luta contra um câncer de pulmão desde 2015.

Trajetória

Desde jovem se envolveu os tambores nos movimentos de maracatu locais. Começou a tocar aos 12 anos com seu pai numa banda marcial no Recife.
Durante toda sua carreira sempre teve preferência por instrumentos de percussão e nos anos 60 se notabilizou por seu talento com o berimbau.

Em 1967 mudou-se para o Rio de Janeiro onde gravou dois LPs com Milton Nascimento. No ano seguinte, junto com Geraldo Azevedo, viajou para São Paulo para participar do Quarteto Livre, que acompanhou Geraldo Vandré no III Festival Internacional da Canção.

Além disso, Naná tem uma extensa carreira no exterior: atuou como percussionista ao lado de diversos nomes de peso como B. B. King, Jean-Luc Ponty, David Byrne, Jon Hassell, Egberto Gismonti, Pat Metheny, Evelyn Glennie e Jan Garbarek. Formou entre os anos de 1978 e 1982, ao lado de Don Cherry e Collin Walcott, o grupo de jazz Codona, com o qual lançou 3 álbuns. Em 1981, tocou no Woodstock Jazz Festival, em comemoração ao décimo aniversário do Creative Music Studio. Em 1998, Vasconcelos contribuiu com a música “Luz de Candeeiro” para o álbum “Onda Sonora: Red Hot + Lisbon”, compilação beneficente em prol do combate à AIDS, produzida pela Red Hot Organization.

Em 2013, o músico fez a trilha sonora da animação O Menino e o Mundo, que disputou o Oscar de melhor filme de animação em 2016.[6]

No dia 9 de dezembro de 2015, Naná Vasconcelos recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Naná Vasconcelos ganhou, por oito anos consecutivos (1983-1990), o prêmio de Melhor Percussionista do Ano da conceituada revista Down Beat, considerada a “bíblia do jazz”.