invas\u00e3o<\/strong> (particularmente n\u00e3o uso a palavra coloniza\u00e7\u00e3o). Para o homem branco alcan\u00e7ar o sucesso com a escravid\u00e3o ele instituiu um processo frio e cruel, por v\u00e1rios anos a cultura do invasor comprimiu a cultura do negro, por v\u00e1rios anos o povo negro sofreu o processo de desconstru\u00e7\u00e3o cultural, era preciso apagar a hist\u00f3ria e a mem\u00f3ria do africano.<\/p>\nO invasor n\u00e3o pensou nas sequelas que causaria naquele continente e naquele povo. O \u00fanico pensamento era de riqueza sobre riqueza, milhares de negros (as) foram arrancados (as) de suas fam\u00edlias, humilhados (as) e marcados (as) com os bras\u00f5es das fazendas, foram obrigados (as) a trabalharem e como forma de pagamento recebiam chibatadas que n\u00e3o machucavam somente a carne, mas tamb\u00e9m sua alma, povo, hist\u00f3ria e ancestralidade.<\/p>\n
O preconceito ganhou for\u00e7a no tempo da invas\u00e3o, negros (as) eram humilhados (as) a todo o momento, nunca obtiveram voz, o chicote estralava em suas costas trabalhando ou n\u00e3o e, ainda era lhes jogado sal em suas costas para piorar sua dor e aumentar a alegria do homem branco. O povo negro conviveu durante s\u00e9culos com palavras e atitudes desumanas. Essas palavras e essas atitudes, infelizmente, chegaram aos dias atuais, \u00e9 triste escrever que em pleno s\u00e9culo XXI ainda temos a escravid\u00e3o psicol\u00f3gica, a escravid\u00e3o que oprime e humilha socialmente, ainda em nossa sociedade diariamente pessoas praticam atitudes do invasor, o povo negro continua sendo perseguido e sua cultura quase sempre \u00e9 levada \u00e0 marginalidade, praticar ou somar com o preconceito \u00e9 atingir uma mem\u00f3ria e um povo que durante anos resistiram aos grilh\u00f5es, n\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil perceber que a cultura do negro est\u00e1 presente nos dias atuais pela resist\u00eancia daqueles (as) que ficaram mais de tr\u00eas meses em navios passando fome, frio, dor e humilha\u00e7\u00e3o, devemos agradecer. A cultura do negro est\u00e1 presente em nosso dia-a-dia, \u00e9 s\u00f3 olhar para o samba, o acaraj\u00e9, a feijoada, o jongo, o afox\u00e9, o candombl\u00e9 e diversas palavras como: cafun\u00e9, fub\u00e1, banguela e etc.<\/p>\n
Conhecer a hist\u00f3ria do povo negro \u00e9 conhecer nossos ancestrais e nossas ra\u00edzes, diariamente movimentos e pessoas lutam contra o preconceito, fico feliz em fazer parte desse movimento, que possamos sempre pensar no (a) outro (a) com um olhar de equidade, que possamos viver em uma sociedade acolhedora e que jamais tenhamos o pensamento do homem invasor que torturou, humilhou e sangrou um povo em troca de riquezas. Que a negritude se fa\u00e7a presente em cada canto e que o povo negro seja valorizado e respeitado.<\/p>\n
Lembrem-se… Ainda temos uma grande d\u00edvida com esse povo por tudo que nos foi deixado.<\/p>\n
*\u00c9 formado em Licenciatura plena em Geografia pela Faculdade de S\u00e3o Paulo, 2015. Professor do Estado de S\u00e3o Paulo na E.E Jardim Caromb\u00e9, 2017 -maicon.social@gmail.com.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"Michael Dias de Jesus* Quando falamos em \u00c1frica temos, na atual sociedade, a s\u00edndrome do afro-pessimismo (\u00c1frica pobre, \u00c1frica doente), essa ideia foi constru\u00edda desde o tempo da invas\u00e3o (particularmente n\u00e3o uso a palavra coloniza\u00e7\u00e3o). Para o homem branco alcan\u00e7ar o sucesso com a escravid\u00e3o ele instituiu um processo frio e cruel, por v\u00e1rios anos […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":11274,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1237],"tags":[1238],"class_list":{"0":"post-11272","1":"post","2":"type-post","3":"status-publish","4":"format-standard","5":"has-post-thumbnail","7":"category-envie-seu-textao","8":"tag-convidados"},"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/opara.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com\/wp-content\/uploads\/2017\/05\/08235535\/kimani.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11272","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11272"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11272\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/11274"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11272"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11272"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agendapreta.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11272"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}